terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sobre o ato de pensar e de sonhar


Eu queria muito não pensar. Mas um dos exercícios mais fáceis da meditação é deixar vir todos os pensamentos... sem limitá-los, deixá-los vir sem intervir na sua vontade... como se eles fossem um e eu outro, ou que eu assistisse de longe o andamento daquele lado do cérebro, ou este...

Bem, mas em grande parte do dia eu penso e remoo... e remoo tentando mudar de longe os acontecimentos. A história de "segredo" pra mim é tão óbvio... quem não sonha, não se imagina lá na frente, no lugar que almeja, no sentimento que pretende ter... quem não viaja em pretensões salvadoras... o destino perfeito.

Eu era pequena e adorava viajar de carro com minha família. Meu pai era meu herói dirigindo... enquando todos dormiam eu ia no meio do carro, com os olhos arregalados sobre cada curva, cada sombra... no silêncio e na expectativa... sonhando além de cada curva... aprendendo a lidar com o inesperado, sem poder se intrometer no destino, apenas "torcendo", e me imaginando lá. Dirigir é fantástico! E lá se vai o velho simbolismo sobre o ato de dirigir um carro e a prerrogativa sobre o modo com que guia a vida.

Eu gosto de ter medo da vida. Montanha-russa, desconhecido... e porque não um filho. É a maior das aventuras, eu tenho e não tenho controle... eu acompanho e torço, mas nem tudo depende (se é que alguma coisa depende) de mim.

Mas se bem que não é agradável pensar que meu filho possa vir a gostar de ter medo da vida.

O que posso fazer é, enquanto eu guiar o veículo que o transporta, que eu possa lhe dar credibilidade e espaço de sonhos, que ele possa sonhar seguro de que tudo sairá "basicamente" bem.

Mas além de seus sonhos, além desse caminho meio óbvio e meio meu, continuo apreciando o ato de pensar, e me imaginando um dia meditando sobre os meus e os dele.

domingo, 19 de outubro de 2008

Woman´s Ways

Existem necessidades básicas na vida de uma mulher contemporânea que em qualquer situação ela sempre tende a perceber quando se dá alguma de suas ausências.
A mulher precisa ser para o mundo, ser para si e ser para alguém. Por mais que a mulher da casa, ou a mulher extremamente doadora aparentemente estejam fora dessa "generalização", elas no entanto são seus exemplos clássicos.
Porque ser para o mundo é uma dívida natural que o corpo da mulher procura quitar pelo que este mundo naturalmente dá a ela. A mulher no mundo não requer dinheiro ou demais representações simbólicas de "poder" - o seu "poder" é apenas a troca que exerce com sua terra, suas pessoas, sua origem vital e aquele serne - seu sentido mais profundo de ser. E responde a pergunta: ser pra que.
O trabalho da mulher é o exercício de suas qualidades, criar suas dádivas, cultivar seus dons. Sua produção. Como filhos dão trabalho, qualquer outro "serviço" no mundo é reflexo do serviço anterior, em si mesma, da vontade de produzir, se ser no mundo.
E falar em filhos nos trará relativas associações, não apenas ao trabalho para o mundo, quanto para si e para alguém. Neste ponto todos os temas, no mesmo ritmo, fazem sentido na concepção profunda do termo, à questão da natureza feminina.
Vamos morrer no dia que precisarmos morrer, não importa "como viemos". Não existe caminho correto, mas o melhor caminho para cada um.
Existem oportunidades e todas elas acabam em uma bifurcação. A escolha de um caminho leva a determinada história que não sabemos como será até vivê-la e não sequer imaginamos como poderia ter sido se escolhessemos o outro caminho.
De qualquer forma, a bifurcação chega a uma estrada, a um sinal e a um questionamento.
Sem olhar pra trás: Esta é a felicidade:
Por que de qualquer origem é o que sempre se espera e o que, ao ver sinais e um caminho, parece encontrar. A certeza de que se está na direção e sentidos perfeitos.
" Qualquer caminho é apenas um caminho e não contitui insulto algum- para si mesmo ou para os outros- abandoná-lo quando assim ordena o coração (...) Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o tantas vezes quantas julgar necessário... . Então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo um pergunta: possui esse caminho um coração? Em caso afirmantivo, o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma." Carlos Castañeda, The teachings of Don Juan.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Conexões Ocultas

Segundo Fritjof Capra, em "Conexões Ocultas", no decorrer deste novo século, dois fenômenos específicos terão um efeito decisivo sobre o futuro da humanidade. Ambos se desenvolvem em rede e ambos estão ligados a uma tecnologia radicalmente nova. O primeiro é a ascensão do capitalismo global, composto de redes eletrônicas de fluxos de finanças e de informação; o outro é a criação de comunidades sustentáveis baseadas na alfabetização ecológica e na prática do projeto ecológico, compostas de redes ecológicas de fluxos de energia e matéria.

A meta da economia global é a de elevar ao máximo a riqueza e o poder de suas elites; a do projeto ecológico, a de elevar ao máximo a sustentabilidade da teia da vida. Atualmente, esses dois movimentos encontram-se em rota de colisão: ao passo que cada um dos elementos de um sistema vivo contribui para a sustentabilidade do todo, o capitalismo global baseia-se no princípio de que ganhar dinheiro deve ter precedência sobre todos os outros valores. Com isso, criam-se grandes exércitos de excluídos e gera-se um ambiente econômico, social e cultural que não apóia a vida, mas a degrada, tanto no sentido social quanto no sentido ecológico.

O grande desafio que se apresenta ao século XXI é o de promover a mudança do sistema de valores que atualmente determina a economia global e chegar-se a um sistema compatível com as exigências da dignidade humana e da sustentabilidade ecológica. Capra demonstra, de modo conclusivo, que os seres humanos estão, de forma inextricável, ligados à teia da vida em nosso planeta e mostra quão imperiosa é a necessidade de re-organizarmos o mundo segundo um conjunto de crenças e valores diferente (que não tenha o acúmulo de dinheiro por único sustentáculo) e isso não só para o bem-estar das organizações humanas, mas para a sobrevivência e sustentabilidade da humanidade como um todo.


vomitos aleatorios I

Acredito no bem-estar. Em prestar o bem-estar ao mundo, às pessoas, à natureza, a mim mesma, a meu filho. Não tenho espaço definido, não sei disputar, não pretendo lutar... Eu sou, eu não estou... Apenas de vez em quando eu passo.
Gosto do mundo como ele se mostra, sem a minha intervenção. Dos desafios, da interação constante. Com a minha troca, eu realizo meu papel. Eu sou o instrumento.
Se eu descobrir, eu apenas mudei a perspectiva e tirei de baixo dos panos. A vida, os fatos, sempre existiram. As pessoas não criam, elas juntam, descobrem, fazem da sua vida o maior laboratório social. A criação do olhar, das atitudes e o descobrir dos sentidos é a atividade que perpetua a espécie, que transforma o meio, que tece a rede, que se retro-alimenta em relação ao meio, ao ambiente.

Partes de un diálogo sobre conscientização ecologica

A identificaçao do homem ä sua origem, a reformataçao de seus condigos em favor da vida e das proximas geraçoes cunha uma nova proposta de desenvolvimento social, de onde o individuo é inseparavel de seu meio, posto que o é... E suas atitudes sáo o seu mundo, sendo o mundo sua forma e sua medida.


A midia é o meio. Caracetriza-la é dar lhe apenas corpo... E como todo corpo ele transmite informaçoes, reproduz ideias, compoe o cenario da vida. Mas a midia náo é fonte. A fonte do pensamento humano está nas suas realiza;óes e experiencias, nas suas referencias a longo prazo... Na composiçao que desenvolve em relacao ao amor. Para a midia apenas a missáo de transmitir entre os seres humanos as caracteristicas do amor.

Receita de desembaraço


Dante o que se faça, quando não há nada que me leve ou me traga.
Não seria eu se permaneço escondida e arredia, ou seria pela busca de atenção.
Até onde vai o drama, se não seu uso para possuir um público. Mas até onde passa ser leito de hospital.
Às vezes me persegue uma vontade de lutar com alguma coisa que cessa. Que quando pensa não existe mais.
Cansaço físico, emocional, espiritual. De não sentir qualquer bem-querer de onde se acreditava haver.
Não aprendi a eleger meus pretendentes, não sei ser amada sem que me sinta sempre injunstiçada.
Mas eu sei ouvir a mim mesma, minhas dores refletidas na cabeça, que embora pense, se pude nas memórias acessar, onde não houve boa saída senão congelar.
Cuscus Atômico
Farelo de Gil
Sopa de carrapato
Eu quero que o ódio que exista em você desapareça.

A proximidade do outro

"As pessoas preferem uma relação pública de distanciamento, reservas e com pouca intervenção íntima - ainda que traga razões positivas" . Motorista do ônibus.
No Rio de Janeiro, a cidade do acalanto, conheço uma pessoa, vinda do Sul, a procura de mais aproximação entre estranhos. Ele reclama que na cidade dele as pessoas que não se conhecem formalmente não se falam, não se olham... e quando se conhecem, pouco se abraçam. No Rio esse carinho todo pode realmente acontecer com mais frequencia, mas não é possivel afirmar que esse movimento em direção ao outro traz consigo a intimidade ou se o próprio calor humano não se tornou frívolo.

Conceitos e trans-conceitos

Complexidade da relação entre os saberes contempoâneos. Como harmonizar parâmetros científicos e psico-sociais a fim de uma atitude ecologica sustentável nos tempos atuais.
Como fazer sentir... FATOS - INDIVÍDUO - AÇÃO.
Não são apenas fatos. As pessoas se constróem (persona) enquanto indivíduos em redomas (bolhas). As relações sociais em áreas de urbanização ou de maior povoamento tendem à superficialidade, ao utilitarismo ou à organicidade. E até que ponto obstroem um novo fluxo de consciencia, uma nova idéia... posto que às massas elas ganham status de normalidade, enquanto que aos poucos é pouco.
A corrida sem objetivos, o caminho flutuante não requer maiores preceitos morais. Não para a ação individual pelo momento eco-social! Momento de temperança, tolerância, de fortalecimento de laços e não sua multiplicação frágil.
Este momento (como toca o I Ching e os escritos sobre o Tao) é exatamente o espaço de renovação de valores e então o maior impulso evolutivo-construtivo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Partes de diálogo com MM

eu imagino e sei que é possivel... existem grandes pedagodos e professores, enfim, educadores, que tem a magia de despertar....
a educaçao, como a midia... sáo varinhas de condáo que despertam lá dentro de cada um seus tesouros
pq desperta e o sujeito elabora, desenvolve e cria a partir
deles... nao repete o mestre nao... faz mais!

Midi-mor

A mídia é o meio. Caracterizá-la é dar lhe apenas corpo... E como todo corpo ele transmite informações, reproduz idéias, compõe o cenário da vida. Mas a mídia náo é fonte. A fonte do pensamento humano está nas suas realizações e experiências, nas suas referências a longo prazo... Na composiçâo que desenvolve em relação ao amor. Para a mídia apenas a missão de transmitir entre os seres humanos as características do amor.

Eco

A identificaçao do homem à sua origem, a reformatação de seus códigos em favor da vida e das próximas gerações cunha uma nova proposta de desenvolvimento social, de onde o individuo é inseparavel de seu meio, posto que o é... E suas atitudes são o seu mundo, sendo o mundo sua forma e sua medida.

ser-objeto

Casas, resíduos de saudade. De esperança. De liberdade. Asas porque não voam se não se precipitam a tentar. Pois é assim que fazem os pássaros.
Somos parte de uma fórmula que nos atormenta mas que não completa. Para sermos apenas sem-graça, estímulos para o nada. Continuidade Parada. Continuidade Mesma. Mesma e fragmentada.
E é assim; posto aos pedaços que segue a tradição da manutenção. Dos mecanismos e do poder. Do que quando somos o que não se espera. Dói em conseguir espaço. Dor não é fácil. Mas a cicatriz é das melhores.