
terça-feira, 24 de junho de 2008
O auto-gerenciamento e o tempo de nossas vidas
Por Cristine de Carvalho para Residencia Social, Comunicarte
Tempo é vida. Recurso fundamental, matéria-prima básica das atividades exercidas. O tempo é um recurso perecível, não renovável, mais escasso e mais valioso que existe. O “agora”, momento vivido, já passou e não há vontade nenhuma que traga aquele momento de volta.
Esse mesmo tempo que parece atropelar e fazer desejar ser 2 ou 3 pessoas para poder dar conta de tudo, é o responsável pelo crescimento pessoal. Graças ao tempo que se tem, e que muitas vezes não se percebe ter, é que se pode dividir as atividades e ampliar conhecimento, exercitar o convívio social, trabalhar e cuidar de saúde.
O tempo sendo bem administrado é mais bem aproveitado dentro da duração da vida. Não é preciso correr contra o relógio, fazer horas extras, trazer trabalho para casa ou fazer uma coisa pensando em outra.
O tamanho de uma hora ou de um minuto é o mesmo, onde quer que se esteja – trabalhando ou se divertindo entre amigos. Os dias sempre têm vinte e quatro horas, 31.536.000 segundos. E neste tempo é preciso se dedicar, além do trabalho, ao lazer, à família, à saúde, ao desenvolvimento, ao relaxamento e ao descanso. Portanto, o tempo de nossas vidas é administrado e não o do trabalho. O trabalho é uma das atividades dispostas nas vinte e quatro horas diárias de vida. O auto-gerenciamento ou gerenciamento da vida são expressões melhores aplicadas porque implicam que nós gerenciamos nós mesmos no tempo que nos é destinado.
O trabalho é uma função do tempo. O planejamento é feito em função do tempo; projetos e atividades devem ser completados em determinado tempo. O processo de Trabalho é uma complexa máquina onde as atividades são interdependentes com uma variável em comum: O Tempo.
Apesar de ser algo simples e conhecido por todos, democraticamente distribuído, o fator tempo apresenta suas complexidades quando se procura discutir e teorizar sobre ele - assim afirmou Santo Agostinho.
Precisando muitas vezes ser lembrado do óbvio sobre a concepção das pessoas sobre o tempo, o presente trabalho destaca algumas técnicas de gerenciamento do tempo a partir do valor de produtividade pessoal. Elucida alguns mitos em torno da administração do tempo e ao final, acrescenta o debate em torno da qualidade de vida e dos cuidados com a saúde do trabalhador.
Mitos da administração do tempo
No que concerne ao conhecimento em torno da administração do tempo, alguns mitos em torno do hábito de se gerenciar o tempo foram colhidos por Eduardo Chaves (1992), no livro “Administração do tempo”. Colocados na pauta da conversa entre amigos e, principalmente mas não apenas, durante o expediente de trabalho, os mitos vêm sendo substituídos pela constatação de resultados efetivos do sucesso da administração do tempo na produtividade do individuo nas diversas áreas de sua vida.
A começar pelo primeiro mito de que administrar o tempo se aplica apenas à esfera profissional da vida, há “falta de tempo” – ainda que ele seja igual para todos - quando não se observa onde mais se está investindo tempo, deixando outras áreas de interesse em defasagem.
E certamente não são interesses apenas dentro das funções profissionais, mas sim necessidades de aperfeiçoamento (pessoal, profissional ou das relações com outras pessoas), de condicionamento físico e mental, de relaxamento ou do exercício da criatividade com novos materiais – novas experiências ou resgate de velhos hábitos, dentre tantas outras vontades de cada indivíduo e seus momentos de vida.
A conquista do tempo se dá através de seu gerenciamento e direção. Quem administra o tempo é senhor dele. Não é “escravo do relógio” - outro mito divulgado. Quem tem o tempo sob seu controle, conhece suas prioridades e sabe se programar de forma flexível. Dominar o tempo é fazer o que deseja no momento em que deseja e não sob a pressão do momento.
Outro mito é o de que se trabalha melhor sob pressão, o que seria uma alavanca para o aumento da produtividade. Segundo Eduardo Chaves, “este é um mito criado para racionalizar a preguiça, a indecisão, a tendência a procrastinação.”. Precisando-se fazer um trabalho mais complexo, ele é satisfatoriamente produzido quando feito em partes, rendendo muito mais do que quando feito de uma só vez e em cima do prazo. Este fato é constatado no contexto escolar, quando um aluno que estuda ao longo do ano, com calma e sem pressões, sai-se geralmente muito melhor do que aquele que deixa para estudar nas vésperas das provas e por isso vê-se obrigado a passar noites em claro para fazer aquilo que deveria vir fazendo durante o tempo de aprendizagem em sala de aula.
O último mito a ser comentado é o de que “ter tempo é questão de querer ter tempo”. A questão, no entanto, não é apenas querer, mas fazer por onde. Quando se quer existe a procura por conseguir e uma das formas de se conseguir realizar alguma atividade é dar espaço de tempo a ela. Dar espaço ou organizar o tempo é administrar o tempo.
Esse mesmo tempo que parece atropelar e fazer desejar ser 2 ou 3 pessoas para poder dar conta de tudo, é o responsável pelo crescimento pessoal. Graças ao tempo que se tem, e que muitas vezes não se percebe ter, é que se pode dividir as atividades e ampliar conhecimento, exercitar o convívio social, trabalhar e cuidar de saúde.
O tempo sendo bem administrado é mais bem aproveitado dentro da duração da vida. Não é preciso correr contra o relógio, fazer horas extras, trazer trabalho para casa ou fazer uma coisa pensando em outra.
O tamanho de uma hora ou de um minuto é o mesmo, onde quer que se esteja – trabalhando ou se divertindo entre amigos. Os dias sempre têm vinte e quatro horas, 31.536.000 segundos. E neste tempo é preciso se dedicar, além do trabalho, ao lazer, à família, à saúde, ao desenvolvimento, ao relaxamento e ao descanso. Portanto, o tempo de nossas vidas é administrado e não o do trabalho. O trabalho é uma das atividades dispostas nas vinte e quatro horas diárias de vida. O auto-gerenciamento ou gerenciamento da vida são expressões melhores aplicadas porque implicam que nós gerenciamos nós mesmos no tempo que nos é destinado.
O trabalho é uma função do tempo. O planejamento é feito em função do tempo; projetos e atividades devem ser completados em determinado tempo. O processo de Trabalho é uma complexa máquina onde as atividades são interdependentes com uma variável em comum: O Tempo.
Apesar de ser algo simples e conhecido por todos, democraticamente distribuído, o fator tempo apresenta suas complexidades quando se procura discutir e teorizar sobre ele - assim afirmou Santo Agostinho.
Precisando muitas vezes ser lembrado do óbvio sobre a concepção das pessoas sobre o tempo, o presente trabalho destaca algumas técnicas de gerenciamento do tempo a partir do valor de produtividade pessoal. Elucida alguns mitos em torno da administração do tempo e ao final, acrescenta o debate em torno da qualidade de vida e dos cuidados com a saúde do trabalhador.
Mitos da administração do tempo
No que concerne ao conhecimento em torno da administração do tempo, alguns mitos em torno do hábito de se gerenciar o tempo foram colhidos por Eduardo Chaves (1992), no livro “Administração do tempo”. Colocados na pauta da conversa entre amigos e, principalmente mas não apenas, durante o expediente de trabalho, os mitos vêm sendo substituídos pela constatação de resultados efetivos do sucesso da administração do tempo na produtividade do individuo nas diversas áreas de sua vida.
A começar pelo primeiro mito de que administrar o tempo se aplica apenas à esfera profissional da vida, há “falta de tempo” – ainda que ele seja igual para todos - quando não se observa onde mais se está investindo tempo, deixando outras áreas de interesse em defasagem.
E certamente não são interesses apenas dentro das funções profissionais, mas sim necessidades de aperfeiçoamento (pessoal, profissional ou das relações com outras pessoas), de condicionamento físico e mental, de relaxamento ou do exercício da criatividade com novos materiais – novas experiências ou resgate de velhos hábitos, dentre tantas outras vontades de cada indivíduo e seus momentos de vida.
A conquista do tempo se dá através de seu gerenciamento e direção. Quem administra o tempo é senhor dele. Não é “escravo do relógio” - outro mito divulgado. Quem tem o tempo sob seu controle, conhece suas prioridades e sabe se programar de forma flexível. Dominar o tempo é fazer o que deseja no momento em que deseja e não sob a pressão do momento.
Outro mito é o de que se trabalha melhor sob pressão, o que seria uma alavanca para o aumento da produtividade. Segundo Eduardo Chaves, “este é um mito criado para racionalizar a preguiça, a indecisão, a tendência a procrastinação.”. Precisando-se fazer um trabalho mais complexo, ele é satisfatoriamente produzido quando feito em partes, rendendo muito mais do que quando feito de uma só vez e em cima do prazo. Este fato é constatado no contexto escolar, quando um aluno que estuda ao longo do ano, com calma e sem pressões, sai-se geralmente muito melhor do que aquele que deixa para estudar nas vésperas das provas e por isso vê-se obrigado a passar noites em claro para fazer aquilo que deveria vir fazendo durante o tempo de aprendizagem em sala de aula.
O último mito a ser comentado é o de que “ter tempo é questão de querer ter tempo”. A questão, no entanto, não é apenas querer, mas fazer por onde. Quando se quer existe a procura por conseguir e uma das formas de se conseguir realizar alguma atividade é dar espaço de tempo a ela. Dar espaço ou organizar o tempo é administrar o tempo.
Priorizar e otimizar a vida no tempo.
Administrar o tempo é comportamento, é a atitude assertiva diante de uma tarefa, é saber usá-lo para fazer aquelas coisas que se considera importantes e prioritárias, profissional ou pessoalmente. Administrar o tempo é organizar a sua vida de tal maneira que se obtenha tempo para fazer as coisas que realmente gostaria de estar fazendo que possivelmente não anda fazendo pois anda ocupado com tarefas urgentes e de rotina que não sobra tempo. É uma ferramenta gerencial que permite a organização de metas pessoais e profissionais com menor dispêndio de energia física e mental.
Para determinar suas prioridades, conforme sugerido por Paulo, responda as seguintes questões: O que mais importa? O que eu desejo atingir, pessoal ou profissionalmente? Quais são os resultados que estou buscando? Ou, para ir ainda mais fundo, faça esta pergunta vital: no meu enterro, o que espero que seja dito a meu respeito? Que tipo de pessoa eu terei sido? O que eu valorizei? Que contribuições prestei?
O primeiro exercício eficaz para se tornar verdadeiros senhores do próprio tempo é, segundo Dulce Magalhães, aprender a dizer “não”. A constante revisão de valores permite o segurança de princípios necessária para o julgamento do que deve ou não fazer parte da vida. Responder “não” a atividades que são urgentes, mas não ampliam a qualidade do que se é ou daquilo que se faz é um exercício de coragem importante para romper o perverso circuito do desperdício.
No livro "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes" Stephen Covey destaca o que acredita ser os princípios da vida efetiva. Qualidades imutáveis como responsabilidade, integridade, respeito e compreensão mútua são princípios tão válidos atualmente quanto em 1989, quando o livro foi publicado pela primeira vez.
"Sofremos hoje, porém, mais pressão na vida pessoal e profissional do que há uma década. Atribuo isso em parte à tecnologia, que tem acelerado nosso passo – além de nos separar, em vez de nos aproximar", afirmou Stephen em um artigo.
A administração do tempo é realmente difícil de ser conseguida nos dias de hoje, e boa parte dessa dificuldade ocorre em virtude do excesso de informação que nos propomos à estar expostos hoje - e-mail, telefone, jornais, livros, revistas, TV, celular... No entanto, a questão é: Quanta desta informação é realmente útil e vale a pena ser fixada em nossas mentes?
Para determinar suas prioridades, conforme sugerido por Paulo, responda as seguintes questões: O que mais importa? O que eu desejo atingir, pessoal ou profissionalmente? Quais são os resultados que estou buscando? Ou, para ir ainda mais fundo, faça esta pergunta vital: no meu enterro, o que espero que seja dito a meu respeito? Que tipo de pessoa eu terei sido? O que eu valorizei? Que contribuições prestei?
O primeiro exercício eficaz para se tornar verdadeiros senhores do próprio tempo é, segundo Dulce Magalhães, aprender a dizer “não”. A constante revisão de valores permite o segurança de princípios necessária para o julgamento do que deve ou não fazer parte da vida. Responder “não” a atividades que são urgentes, mas não ampliam a qualidade do que se é ou daquilo que se faz é um exercício de coragem importante para romper o perverso circuito do desperdício.
No livro "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes" Stephen Covey destaca o que acredita ser os princípios da vida efetiva. Qualidades imutáveis como responsabilidade, integridade, respeito e compreensão mútua são princípios tão válidos atualmente quanto em 1989, quando o livro foi publicado pela primeira vez.
"Sofremos hoje, porém, mais pressão na vida pessoal e profissional do que há uma década. Atribuo isso em parte à tecnologia, que tem acelerado nosso passo – além de nos separar, em vez de nos aproximar", afirmou Stephen em um artigo.
A administração do tempo é realmente difícil de ser conseguida nos dias de hoje, e boa parte dessa dificuldade ocorre em virtude do excesso de informação que nos propomos à estar expostos hoje - e-mail, telefone, jornais, livros, revistas, TV, celular... No entanto, a questão é: Quanta desta informação é realmente útil e vale a pena ser fixada em nossas mentes?
Desperdiçadores de tempo e soluções administrativas.
A boa administração de tempo é provavelmente o fator mais importante na administração de si mesmo e do trabalho executado. Ela começa com a auto-descoberta, ou seja, com a identificação de como o tempo é utilizado, do que não satisfaz, e do que desejamos mudar.
Eventos e hábitos que levam ao mal uso do tempo são desperdiçadores. Dependendo de suas fontes, eles podem ser de ordem institucional (externo) - ainda que seu controle seja feito pelo administrador – e são gerados por eventos ou outras pessoas, tais como excesso de papéis, de interrupções, telefonemas, barulhos, distrações visuais.
Ou de natureza pessoal (internos), como desorganização e indefinição de prioridades, indecisão, tendência a procrastinação, perfeccionismo e tentativa de esconder a verdade de si mesmo. Mesmo que os obstáculos externos sejam removidos, as possibilidade de administrar o tempo apenas aumentam quando os empecilhos pessoais forem conquistados.
Algumas atitudes podem ser tomadas para começar a organização do espaço de atividades, entre elas: agendamento e redirecionamento de tarefas; diminuição de papéis informativos, de interrupções, de telefonemas, e até mesmo de reuniões. Todos estes empecilhos carregam momentos valiosos e perda de produtividade. Ao se ver desorganizado, a tendência à procrastinação aumento, na busca pela resolução dos problemas por eles mesmos.
Dentre as técnicas apresentadas por Chaves para a contenção de tarefas está a elaboração de uma “Lista Mestra”, onde os projetos em desenvolvimento de curto, médio e longo prazo são incluídos. A partir desta lista os projetos são priorizados e quebrados em tarefas até que estas tarefas sejam suficientemente pequenas para ser incluídas na Lista de Lembretes para agendamento.
A Lista de Lembretes incluirá todas as atividades a serem feitas e que podem ser incluídas na agenda diária como um item. A princípio, essas atividades devem levar até quatro, ou, talvez, duas horas por dia.
A escolha dos projetos da Lista Mestra a serem divididos impõe outra dificuldade à maioria das pessoas: definir prioridades. Organizando a Lista Mestra, as atividades podem ser classificadas segundo dois critérios: tipo e prioridade. Em relação ao tipo, podem ser “compromissos”: marcados dia e hora, e o não cumprimento é exceção e portanto a atividade é prioritária; e “a fazer” são atividades que não possuem tempo determinado e podem ser feitas no decorrer da semana. Esta última pode ter data limite o que lhe transforma em compromisso.
Resumindo, as atividades são manejadas num quadro que inclui:atividade, prazo, resultado, facilidade, prioridade e finalizado.
As atividades “a fazer” estão associadas à prioridades. Elas podem ser importantes e urgentes; importantes e não-urgentes; urgentes e não-importantes; e ainda não-importantes e não-urgentes ou de pouco impacto se não forem executadas.
Pessoas pró-ativas fazem importantes contribuições enfocando atividades que fazem uma diferença significativa nos resultados. Agindo proativamente, é possível desenvolver a disciplina de fazer coisas importantes mas não necessariamente "urgentes". O sucesso vem de ser proativo, de trabalhar naquilo que mais importa, de conduzir resultados em longo prazo e de continuidade. Pessoas reativas, por outro lado, vêem-se presas nas coisas que menos importam. Atividades tais como planejamento, preparação, manutenção preventiva e comunicação interpessoal são importantes mas negligenciadas com freqüência, pela ausência de iniciativa. Em geral se espera até que uma crise ou problema surja para que haja reação.
A importância do estabelecimento de prioridades e na concentração de esforços pode ser bem entendida através do Princípio de Pareto ou Lei de 20/80 que pode ser enunciada da seguinte maneira: Em 80% dos casos, “Os itens mais significativos de um determinado grupo normalmente constituem um pequeno percentual do número total de itens do grupo” ou “80% do valor provém de 20% dos itens” ou “20% dos clientes geram 80% do faturamento”. O mesmo pode ser aplicado ao tempo: 80% de tempo e esforços despendidos produzem 20% dos resultados.
Eventos e hábitos que levam ao mal uso do tempo são desperdiçadores. Dependendo de suas fontes, eles podem ser de ordem institucional (externo) - ainda que seu controle seja feito pelo administrador – e são gerados por eventos ou outras pessoas, tais como excesso de papéis, de interrupções, telefonemas, barulhos, distrações visuais.
Ou de natureza pessoal (internos), como desorganização e indefinição de prioridades, indecisão, tendência a procrastinação, perfeccionismo e tentativa de esconder a verdade de si mesmo. Mesmo que os obstáculos externos sejam removidos, as possibilidade de administrar o tempo apenas aumentam quando os empecilhos pessoais forem conquistados.
Algumas atitudes podem ser tomadas para começar a organização do espaço de atividades, entre elas: agendamento e redirecionamento de tarefas; diminuição de papéis informativos, de interrupções, de telefonemas, e até mesmo de reuniões. Todos estes empecilhos carregam momentos valiosos e perda de produtividade. Ao se ver desorganizado, a tendência à procrastinação aumento, na busca pela resolução dos problemas por eles mesmos.
Dentre as técnicas apresentadas por Chaves para a contenção de tarefas está a elaboração de uma “Lista Mestra”, onde os projetos em desenvolvimento de curto, médio e longo prazo são incluídos. A partir desta lista os projetos são priorizados e quebrados em tarefas até que estas tarefas sejam suficientemente pequenas para ser incluídas na Lista de Lembretes para agendamento.
A Lista de Lembretes incluirá todas as atividades a serem feitas e que podem ser incluídas na agenda diária como um item. A princípio, essas atividades devem levar até quatro, ou, talvez, duas horas por dia.
A escolha dos projetos da Lista Mestra a serem divididos impõe outra dificuldade à maioria das pessoas: definir prioridades. Organizando a Lista Mestra, as atividades podem ser classificadas segundo dois critérios: tipo e prioridade. Em relação ao tipo, podem ser “compromissos”: marcados dia e hora, e o não cumprimento é exceção e portanto a atividade é prioritária; e “a fazer” são atividades que não possuem tempo determinado e podem ser feitas no decorrer da semana. Esta última pode ter data limite o que lhe transforma em compromisso.
Resumindo, as atividades são manejadas num quadro que inclui:atividade, prazo, resultado, facilidade, prioridade e finalizado.
As atividades “a fazer” estão associadas à prioridades. Elas podem ser importantes e urgentes; importantes e não-urgentes; urgentes e não-importantes; e ainda não-importantes e não-urgentes ou de pouco impacto se não forem executadas.
Pessoas pró-ativas fazem importantes contribuições enfocando atividades que fazem uma diferença significativa nos resultados. Agindo proativamente, é possível desenvolver a disciplina de fazer coisas importantes mas não necessariamente "urgentes". O sucesso vem de ser proativo, de trabalhar naquilo que mais importa, de conduzir resultados em longo prazo e de continuidade. Pessoas reativas, por outro lado, vêem-se presas nas coisas que menos importam. Atividades tais como planejamento, preparação, manutenção preventiva e comunicação interpessoal são importantes mas negligenciadas com freqüência, pela ausência de iniciativa. Em geral se espera até que uma crise ou problema surja para que haja reação.
A importância do estabelecimento de prioridades e na concentração de esforços pode ser bem entendida através do Princípio de Pareto ou Lei de 20/80 que pode ser enunciada da seguinte maneira: Em 80% dos casos, “Os itens mais significativos de um determinado grupo normalmente constituem um pequeno percentual do número total de itens do grupo” ou “80% do valor provém de 20% dos itens” ou “20% dos clientes geram 80% do faturamento”. O mesmo pode ser aplicado ao tempo: 80% de tempo e esforços despendidos produzem 20% dos resultados.
Organização e prazer
“Organizar- se é controlar a própria vida, escolher as prioridades, determinar o que é realmente importante e livrar-se do que é excessivo”, resume a autora norte-americana Donna Smallin, autora do livro “Organize-se”.
Quanto maior a organização (figuramente, quanto mais os trilhos estão em ordem), mais se ganha tempo, espaço, energia e liberdade para ir em direção àquilo que realmente interessa (chegar ao lugar certo) e dá prazer (curtir a paisagem). É muito comum as reclamações da falta de tempo para atividades de lazer, como praia e cinema pois tamanha é a quantidade de trabalho, as contas a serem pagas e obrigações familiares a cumprir. Dadas as circunstâncias, o melhor a fazer é aprender a lidar com elas.
Apesar de não existir uma única forma de organização perfeita, os especialistas dão algumas dicas que podem nos ajudar a vencer o desafio da bagunça, como foi mostrado ao longo deste trabalho.
É claro que não existe uma forma única de organização perfeita. Mas é possível se escolher as que são mais adequadas a cada caso e adaptá-las de acordo com o estilo próprio.
Além do “efeito organização interna”, colocar cada coisa em seu lugar (e mantê-la ordenada) ajuda a poupar tempo, esse bem tão desejado nos nossos dias. “Ao contrário do que muita gente pensa, organizar o espaço não é uma perda de tempo. É um ganho,pois você vai saber exatamente onde estão as coisas e não vai mais perder minutos preciosos ou até mesmo horas preciosas procurando-as”, afirma a psicóloga Sâmia Simurro, vice-presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV).
Ninguém aqui quer pregar o fim da espontaneidade. Afinal, a vida não teria graça nenhuma sem ela. Algumas das mais belas canções de amor do mundo não teriam sido criadas por Gainsbourg se ele tivesse levado apenas uma vida certinha, monótona e cheia de regras. Estamos falando de uma organização que, na medida certa, serve em grande medida para simplificar nossa vida. Trata-se, na realidade,de uma forma de libertação.Uma boa síntese disso é feita pelo filósofo Mario Sergio Cortella, professor da PUC de São Paulo.Diz ele: “Tenho uma razão muito simples para ser uma pessoa organizada: gosto muito de cultivar o ócio.Quanto mais organizado eu sou, mais tempo livre eu tenho para me dedicar àquilo de que mais gosto. Ou seja, ficar sem fazer nada e sem culpa”.
Quanto maior a organização (figuramente, quanto mais os trilhos estão em ordem), mais se ganha tempo, espaço, energia e liberdade para ir em direção àquilo que realmente interessa (chegar ao lugar certo) e dá prazer (curtir a paisagem). É muito comum as reclamações da falta de tempo para atividades de lazer, como praia e cinema pois tamanha é a quantidade de trabalho, as contas a serem pagas e obrigações familiares a cumprir. Dadas as circunstâncias, o melhor a fazer é aprender a lidar com elas.
Apesar de não existir uma única forma de organização perfeita, os especialistas dão algumas dicas que podem nos ajudar a vencer o desafio da bagunça, como foi mostrado ao longo deste trabalho.
É claro que não existe uma forma única de organização perfeita. Mas é possível se escolher as que são mais adequadas a cada caso e adaptá-las de acordo com o estilo próprio.
Além do “efeito organização interna”, colocar cada coisa em seu lugar (e mantê-la ordenada) ajuda a poupar tempo, esse bem tão desejado nos nossos dias. “Ao contrário do que muita gente pensa, organizar o espaço não é uma perda de tempo. É um ganho,pois você vai saber exatamente onde estão as coisas e não vai mais perder minutos preciosos ou até mesmo horas preciosas procurando-as”, afirma a psicóloga Sâmia Simurro, vice-presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV).
Ninguém aqui quer pregar o fim da espontaneidade. Afinal, a vida não teria graça nenhuma sem ela. Algumas das mais belas canções de amor do mundo não teriam sido criadas por Gainsbourg se ele tivesse levado apenas uma vida certinha, monótona e cheia de regras. Estamos falando de uma organização que, na medida certa, serve em grande medida para simplificar nossa vida. Trata-se, na realidade,de uma forma de libertação.Uma boa síntese disso é feita pelo filósofo Mario Sergio Cortella, professor da PUC de São Paulo.Diz ele: “Tenho uma razão muito simples para ser uma pessoa organizada: gosto muito de cultivar o ócio.Quanto mais organizado eu sou, mais tempo livre eu tenho para me dedicar àquilo de que mais gosto. Ou seja, ficar sem fazer nada e sem culpa”.
Mind Mapping
Por Cristine de Carvalho
Dentro das técnicas propriamente à organização das idéias e conteúdos a serem postos em prática, a Mind Mapping é uma interessante estratégia.
O Mind Mapping , como é chamado, surgiu na década de 70 como resultado de muitas pesquisas feitas pelo inglês Tony Buzan. Sua técnica é baseada na organização não linear das anotações, em mapas de direcionamento da informação, fazendo dinâmicas e criativas. "É um método visual de organização de dados e informações, que vem quebrar a linearidade dos organogramas comuns", afirma Liz Kimura, consultora e facilitadora internacional e única representante oficial da técnica no Brasil.
O Mind Mapping ajuda a estimular e a equilibrar o funcionamento dos dois hemisférios do cérebro: o esquerdo, que rege o pensamento linear, a lógica, as letras, os códigos e os números; e o direito, que rege o lado emocional, intuitivo, sentimentos imagens e cores. "Com o equilíbrio dessas duas partes, a pessoa se torna mais produtiva e criativa nas atividades de todas as áreas da vida", completa Liz.
O Mind Mapping , como é chamado, surgiu na década de 70 como resultado de muitas pesquisas feitas pelo inglês Tony Buzan. Sua técnica é baseada na organização não linear das anotações, em mapas de direcionamento da informação, fazendo dinâmicas e criativas. "É um método visual de organização de dados e informações, que vem quebrar a linearidade dos organogramas comuns", afirma Liz Kimura, consultora e facilitadora internacional e única representante oficial da técnica no Brasil.
O Mind Mapping ajuda a estimular e a equilibrar o funcionamento dos dois hemisférios do cérebro: o esquerdo, que rege o pensamento linear, a lógica, as letras, os códigos e os números; e o direito, que rege o lado emocional, intuitivo, sentimentos imagens e cores. "Com o equilíbrio dessas duas partes, a pessoa se torna mais produtiva e criativa nas atividades de todas as áreas da vida", completa Liz.
LEASING SOCIAL
Por Cristine de Carvalho
A expressão define empréstimos de recursos para fins de desenvolvimento social, utilizando principalmente formas alternativas ao sistema político-econômico principal.
Estes recursos são de ordem física - automóveis, animais ou habitações, mas referem-se a questões de ordem social. De maneira geral está direcionado a certa categoria de público, em sua maioria de baixa renda e moradores de regiões não beneficiadas por um ou mais benefícios do desenvolvimento humano.
São exemplos de leasing social: a iniciativa de uma cooperativa francesa de transporte para estrangeiros de rendimentos modestos na sua procura de emprego, contando com a associação do futuro empregado; o leasing de cabra na Paraíba, onde os animais são enviados às famílias que necessitam de seu leite – os filhotes fariam parte também da iniciativa, em compromisso com o empréstimo de leite recebido; o leasing de burro, no Programa Acelera Brasil do Instituto Ayrton Senna, onde o animal era o meio de transporte para algumas crianças em direção às escolas ou ainda, no setor habitacional, o Programa de Arrendamento Residencial do Estado de São Paulo.
Para tanto, leasing social tem preferencialmente a meta de buscar alternativas ao empreendimento individual como parte essencial do desenvolvimento social.
Estes recursos são de ordem física - automóveis, animais ou habitações, mas referem-se a questões de ordem social. De maneira geral está direcionado a certa categoria de público, em sua maioria de baixa renda e moradores de regiões não beneficiadas por um ou mais benefícios do desenvolvimento humano.
São exemplos de leasing social: a iniciativa de uma cooperativa francesa de transporte para estrangeiros de rendimentos modestos na sua procura de emprego, contando com a associação do futuro empregado; o leasing de cabra na Paraíba, onde os animais são enviados às famílias que necessitam de seu leite – os filhotes fariam parte também da iniciativa, em compromisso com o empréstimo de leite recebido; o leasing de burro, no Programa Acelera Brasil do Instituto Ayrton Senna, onde o animal era o meio de transporte para algumas crianças em direção às escolas ou ainda, no setor habitacional, o Programa de Arrendamento Residencial do Estado de São Paulo.
Para tanto, leasing social tem preferencialmente a meta de buscar alternativas ao empreendimento individual como parte essencial do desenvolvimento social.
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